Foi no Cais da Rocha do Conde de Óbidos, que embarcamos no navio misto Uíge, acho que pelo meio da manhã, depois de termos desfilado em marcha, tendo como espectadores os familiares e amigos, que tanto quanto podiam sofriam em silêncio. Lá no alto da amurada do navio meio inclinado, porque nos concentramos todos do lado do cais, o cenário era confrangedor, os familiares acenavam com lenços e faziam gestos aflitivos, nós respondia-mos acenando com a boina, alguns aguentavam-se outros ficaram lavados em lágrimas. Hoje compreendemos o sofrimento daqueles Pais que viam os filhos partirem para a guerra, sem saberem se os voltariam a ver, felizmente que com a nossa companhia todos regressaram. Ao quarto ou quinto dia de viagem a temperatura era elevada e só apetecia beber, foi aqui que comecei a gostar de cerveja. As milhas iam sendo vencidas sem grandes sobressaltos, muita água e peixes voadores que caiam no barco, o rancho era variado e servido a três rodadas por não haver espaço e loiça para tanta gente, éramos cerca de mil. O problema era para dormir para aqueles que não tiveram a sorte de ter camarote, pois nas profundezas dos porões era um calor infernal. Trazia-mos o colchão para cima e procurávamos o melhor local, eu ficava entre os salva-vidas que era abrigado e com pouco transito.
Obrigado, Obrigado pelo trbalho dedicado a estas recordações.Como e bom recordar, e deixar que uma lagrima aflua num cantinho dos olhos sem se poder ivitar foram dias e momentos que so quem os vieveu os consegue valorizar, (Obrigado SÁ Ferreira)por mais esta valia talvez por me enconrar longe me sinta mais imocionado, um abraço para todos os (elefantes Amarelos) E Parabens pela invenção obrigada tambem a todas as madrinhas de guerra que nos acarinharam nos dias dificeis, quero voltar aqui logo que tenha mais un bocadinho livre, até lá muita Saude para todos Vamos recordando o calor fraterno que partilhamos com os Amigos um grande abraço de MANNHEIM GERMANY
ResponderEliminar